Recife, Av. Guararapes, Edf. Almare (terraço)
A Neuza, que também os fotografou
I
Revoando
do ocaso
horas
ensurdecendo
relógios
num chilro sagrado e à deriva
miramos
o sol, mais densa das aves, que
vazando
o teto desta cidade
suspende,
ainda,
no mais alvo, exato,
dentre as cores,
seus: ovo
e
canto
II
De todas
as estrelas insones indóceis
o vôo
Impassíveis
ante
a lua incubando-se
grande mãe
ao ninho de trevas
silentes
Recife (Almare) 22/06/2011